O Presidente da República fez à dias uma apreciação corajosa à situação económica e social do País, instando os responsáveis políticos a valorizar e a convergir em torno do que é essencial para o País, nesta hora difícil, e não perderem tempo à volta do que é marginal.
Determinadas pessoas que ficaram enxofradas quando o Presidente da República diz, como de há muito vinha dizendo, a verdade nua e crua aos portugueses, da maneira mais simples e com a sua tremenda autoridade.
Destacamos o seu apelo à necessidade de um contrato social para enfrentar a crise e a sua preocupação pelas suas graves consequências sociais.É inquestionável que os actuais problemas não se resolvem apenas com políticas defenidas e implementadas pelo Governo.
Em momentos difíceis como os que hoje Portugal vive, é indespensável a mobilização de todos os portugueses e de todas as energias nacionais, para se começar a atenuar os efeitos da crise e,depois realizar as estratégias adequadas à superação dessa mesma crise.
Para isso é necessério que o Governo tenha um rumo - o que infelizmente não acontece - expelique claramente ao País a situação em que se encontra, as razões e os objectivos dos sacrifícios que hoje está a impor, durante quanto tempo vão vigorar e quais os resultados esperados.
É preciso também que envolva os parceiros sociais, verdadeiros representantes dos interesses que estão a ser mais afectados e pelos quais passa a resposta à crise - as empresas e os trabalhadores, com reflexos no desemprego, nos orçamentos familiares e na paz social. O Governo limita-se a dar conhecimento ao Conselho Permanente de Concertação Social das políticas que tomou ou tenciona tomar,ou já divulgadas pela comunicação social.
O Governo não respeita nem valoriza a concertação social, quando mais do que nunca se justifica a sua participação efectiva na procura e na formulação das políticas que são necessárias para vencer os obstáculos que temos pela frente.
Por isso, o Senhor Presidente da República é muito oportuno e encontra pleno aplauso dos TSD, porque sempre defendemos por princípio os méritos da concertação social. Sendo verdade que a concertação social não está refém das iniciativas do Governo, ainda que bem se compreenda que é a ele que cabe liderar uma estratégia coerente de todos os interesses representados pelos diversos parceiros sociais, estes também podem e devem dialogar e negociar de forma autónoma soluções que sejam do interesse das partes envolvidas.
É neste quadro que os TSD apoiam e encorajam todos os parceiros sociais a dialogarem e procurem compromissos que facilitem a vida às empresas, salvem o emprego, dignifiquem o trabalho e ajudem à recuperação económica.
Esse esforço de negociação é sempre válida, se visar encontrar de forma construtiva caminhos úteis às empresas, aos trabalhadores e, obviamente, às famílias e ao País.
O Presidente da Mesa da Assembleia Distrital dos TSD da Guarda
Alexandre Monteiro
Guarda,30 de Junho de 2010
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