sábado, 6 de fevereiro de 2010

ANO DE 2009 Um Ano negro que nâo deve ser esquecido

ANO DE 2009
Um Ano negro que não deve ser esquecido
O ano que agora terminou foi marcado pelo ruir dos sonhos de centenas de milhares de famílias,
que ficaram desempregados, para aqueles que ficaram sem casa própria,caíram na miséria envergunhada, os seus níveis de endividamento atingiram valores incomportáveis.
Para os empresários falidos,para os muitos que caíram na pobresa e também para os milhares que só sobrevivem à conta de subsídios do Estado.Estas desgraças,na sábia opinião do senhor Primeiro Ministro e do seu partido,só aconteceram devido à crise internacional. A crise internacional tem sido invocada para justificar as dificuldades económicas e sociais do País e, de facto, teve o seu impacto no agravamento da crise nacional.Mesmo sem crise financeira internacional,a condicionar negativamente a economia portuguesa, nem com um milagre o governo seria capaz de cumprir as promessas feitas, em particular no que respeita à criação de emprego, ao crescimento económico e à melhoria das condições de vida dos portugueses.
Importa afirmar este facto com clareza, porque a crise internacional não pode servir de desculpa para tudo e, quem recorrer a esse argumento, sabe que está a iludir a verdade e a enganar os portugueses.Os Trabalhadores Social Democratas manifestam pela decisão da Assembleia da República em travar a imediata entrada em vigor do Código Contibutivo.
Com a situação actual - em que as micro, pequenas e médias empresas sentem enormes dificuldades para se manterem em actividade - o Código Contributivoiria agravar os problemas dessas empresas, forçando o encerramento de muitas e criando mais desemprego.
As contas públicas, "controladas" até às eleições e que o governo afirmava situarem-se num défice de 5,9% no final do ano,passaram de repente para os8,4%.O Orçamento Rectificativo que repetidamente o PrimeiroMinistro declarava não ser necessário, acabou por dar entrada na Assembleia da República.
Mas, para nós o pior do que a dimensão do défice, é a falta seriedade e de confiança que as contradições do governo transmitem ao País. Os TSD apoiam e disponobilizam-se para contribuir para a negociação de um Pacto para o Emprgo, a celebrar entre o governo e os Parceiros Sociais.
O desemprego é o problema mais grave.

O maior drama social dos portugueses na actulidade é o desemprego. Temos de recuarbcerca de 30 anos para encontramos os actuais níveis de desemprego, com cerca de 470 trabalhadores a caírem no desemprego diariamente em média. Os números do desemprego oficial apontam para 547 mil desempregados, mas os números do desemprego real situam-se nos 627mil desempregados.
As desigualdades agravam-se.
Portugal está mais injusto, com mais portugueses a term de viver abaixo do limiar da pobreza,enquanto a riqueza se encontra em menos mãos. Muitos dos que caíram no desemprego e que desfrutavam de um padrão de vida média, que pertenciam às classes médias, estão a engrssar o número de pobres.

É urgente devolver a confiança aos Portugueses.
Não basta afirmar que"há sinais de recuperação da economia",quando o que as pessoas e as empresas sentem no seu dia.a-dia é o contrário.E não faz sentido a lamúria e o queixume contra quem exerce o seu elementar direito democrático de oposição. O tempo não está para vitimações e querelas artíficiais.
Cabe ao governo tomar as iniciativas que julgue adequadas para, com os parceiros sociais e as forças políticas da oposição, devolver a confiança aos Portugueses. O interesse nacional, a situação de emergência nacional em que Portugal se encontra, exije que o governo, partidos da oposição e parceiros sociais estejam à altura da grandeza dos desafios que temos pela frente. Os portugueses exigem esse sentido de responsabilidade da parte de todos os representantes políticos, económicos e sociais. Devolver a confiança da nossa justiça e darlhe o pretígio e o respeito que merecem. O " Face Oculta" foi um dos temas de 2009.Provavelmente também o será de 2010. Tanto no Freeport como na Face Oculta, destapa-se a tampa e o cheiro é verdadeiramente nauseabundo. Sem exagero, pode-se afirmar que parte daquilo que o "Face Oculta" nos revela se consubstancia numa linha de continuidade lógica em relação oa que já se pressentia no Freeport, se presumia no Cova da Beira, se supunha nos projectos das casas beirãs e se temia com a caricata licenciatura dominical. Quando Sócrates se julgou visado pelas escutas legítimas que se estavam a fazer ao seu amigo Vara, três ministros do seu círculo de amigos mais próximos (o da Economia e Negócios Estrageiros) desferiram o maior ataque ao poder judicial de que não há memória neste País, (como alguém disse: imitaram Berlusconi da Itália).

O Presidente da República tem razão
O PS está autista e provocador
O Presidente da República afirmou, e muito bem, que as preocupações dos Portugueses são vencer odesemprego, atacar o problema da dívida e investir nas empresas para aumentar a produtividade e a competitividade da nossa economia.
Qualquer cidadão comum concordará com estas preocupações, porque são de facto os grandes problemas com que o País se confronta. O Eng.º Sócrates, com total despropósito, mandou um seu porta-voz de segunda linha desferir um ataque violentíssimo ao Presidente da República. Este facto é, mais um bem revelador e da dimensão de Estado do governo que temos. Num momento em que centenas de milhares de famílias vêm os seus sonhos arruinados, com os empregos perdidos e com a miséria envergonhada a angustiar-lhes a vida,quais são as prioridades do governo? Casamento dos Gays.
E se o mais Alto Magistrado da Nação tem o sentido nacional, de dizer publicamente o que pensa e sente esses reais problemas das pessoas, o governo Socialista ataca-o violentamente, quer o silêncio ou então que ele diga apenas aquilo que interessa aos interesses doPS. O autismo e o estilo provocatório do governo Socialista revelam que não tem consciência dos verdadeiros dramas de muitos portugueses e que, em vez de governar, prefere criar e alimentar querelas e vitimizar-se para colher vantagens junto da opinião pública. O que significa que é um governo sem rumo e que não está à altura dos difíceis problemas nacionais. E do ponto de vista político, José Sócrates vai aproveitar o tempo manter um clima de guerrilha com tudo e todos, mesmo com o Presidente da República, para tentar, custe oque custar, recuperar a maoiria absoluta.

Alexandre Monteiro

Presidente da Mesa da Assembleia Distrital dos TSD da Guarda

Guarda,12 de Janeiro de 2010